O país que eu mais amo

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O país que eu mais amo

Por Oswald J. Smith

Nos últimos anos de minha vida visitei muitos países – Setenta para ser exato . Alguns desses países visitei várias vezes, a outros apenas uma vez. Em poucos senti como se estivesse em minha própria casa. Sempre senti o desejo de voltar ao Canadá, minha terra natal.

Há poucos países como os da América do Norte, onde é possível encontrar qualquer tipo de clima ou de cenário, segundo o gosto pessoal; onde há abundância das coisas e pouco que se temer. Para esses países, milhares, tanto da Europa como de outras terras, desejam ir. Aspiram por libertação do jugo de suas necessidades ou de governos totalitários.
Mas não há no mundo lugar onde qualquer um de nós desejasse viver eternamente. Mesmo em nosso próprio país, há tanto pecado, tanto crime e impiedade, tanta bebedeira, zombaria e imoralidade que aspiramos por um ambiente melhor. Guerra e derramamento de sangue, pobreza, doença e morte nos têm causado tanta tristeza e sofrimento que nos sentimos como estranhos e estrangeiros em um mundo que não é o nosso lar.

Permita que te conte de um país onde não há lágrimas nem dores, um país onde ninguém é vítima da miséria. As pessoas que vivem nesse país nunca se cansam, nem carregam fardos, nunca envelhecem, ninguém jamais diz adeus, pois as separações são desconhecidas, e não há desapontamentos.

No país do qual estou falando não há pecado pois ninguém comete erro algum. Não há acidentes de espécie alguma. Viaja-se por milhares de quilômetros e nunca se vê um cemitério nem se encontra uma procissão fúnebre. Não há seguros nem previdência social. Nunca se vê luto nas casas, pois ninguém morre. Não precisam de coveiros e caixões mortuários são desconhecidos. As vestes são brilhantes e ninguém veste luto. É um país onde nada se estraga, as flores nunca perdem sua fragrância e as folhas estão sempre verdes. Não há vulcões em erupção nem terremotos e nem furacões. Não há germes causadores de infecções, nem peste de qualquer espécie. O sol nunca aparece e todavia sempre há luz, pois a noite lá não existe. Nunca é quente demais nem frio demais. A temperatura é sempre ideal. Nuvem alguma escurece o céu e ventos fortes nunca assopram. Não há alcoólatras nesse país, pois ninguém bebe. Ninguém é imoral, os homens e as mulheres são moralmente puros. Não há filhos ilegítimos. Nem prisões, cadeias ou reformatórios escurecem a paisagem social. As portas não têm fechaduras e as janelas não têm grades, pois ladrões e assaltantes não entram lá. Nenhuma revista pornográfica é lida naquele país. Lá não se paga imposto e aluguel é desconhecido.
Sim, deixa-me contar-te mais: Em parte alguma se vêm paralíticos. Ninguém é deficiente físico, todos são completamente saudáveis e fortes. Nenhum mendigo é visto nas ruas, pois ninguém é destituído de bens e todos têm bens suficientes. Hanseníase, AIDS, câncer são palavras que nesse país jamais se ouviu. Não há hospitais psiquiátricos pois ninguém sofre da mente. De médico nunca se precisa e hospitais simplesmente não existem, pois ninguém nunca adoece.

Podes me perguntar como é que eu sei disso? Se eu já estive lá? Não, eu ainda não tive o privilégio de visitar esse maravilhoso país do qual te falo, mas outros tiveram. E UM, pelo menos, que lá vivera por muito tempo, veio aqui e me contou muitas coisas a respeito dele. Ele me disse que se chama Céu, e eis o que diz a respeito dos que vivem lá: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima e a morte já não existirá, não haverá luto, nem pranto, nem dor” (Apoc.21:4). Ele já voltou para lá de novo, pois enquanto aqui esteve sentiu-se solitário e muitas vezes teve muita saudade do seu lar.

Mas, qualquer dia ele voltará, enquanto isso ele me prometeu uma viagem a sua terra natal. Desde que ele me contou isso, eu tenho desejado ir para lá. E, pelo que ele diz nunca mais desejarei voltar. Decidi fazer do seu país, o meu país. De fato, já me registrei como cidadão do mesmo. Não sei porque nem todos desejam o mesmo, mas muitos não querem. Muitos, tenho descoberto, gostam mais de seu próprio país e, preferem abandonar-se aos pecados com os quais já estão acostumados… Falo com eles a respeito desse país, mas eles não têm interesse algum… Não consigo persuadi-los a irem comigo. Qualquer dia o número dos que irão para lá se completará e, então será tarde demais. Como eles são tolos!

Não queres ir para lá? Abre teu coração para Cristo, o Senhor daquele país. Coloca sobre Ele tua completa confiança como teu salvador e quando tua jornada aqui na terra terminar irás para esse maravilhoso país.