O Evangelho se opõe à grande mentira que consiste em achar que a vida tem algum sentido à parte de Deus. A história do paganismo é a história dessa mentira.
A história de como os humanos têm gozado a escravizante “liberdade” reivindicada no Éden.

O homem tornou-se criatura em crise quando se apartou de Deus. O que olha pra cima (antropos) tornou-se o que olha pra baixo. Trocou a luz pela escuridão. Deus, seu amigo e companheiro, passou a ser para ele “uma presença ameaçadora”.

Prensado por uma consciência de imenso vazio, corre o homem em círculo, girando em torno de si mesmo sem contudo se encontrar. Assim caminha a humanidade, seduzida pela fraude de que a vida neste mundo representa o total da realidade e que ela (humanidade) é senhora do seu destino, sendo sua vocação exclusivamente histórica e temporal.

O homem está perdido sem Cristo e essa perdição o arruinará eternamente. Há estruturas descomunais que se conjugam para manter o homem fascinado pelas cores deste mundo que é mas que um dia não será mais. O sistema chamado “mundo” está montado para conquistar nossa mente, nos sequestrar para longe de Deus e arrancar do nosso coração toda a ideia de eternidade.

Nossa identificação com os seus valores neutraliza a força do nosso testemunho.

A vida pós moderna é uma celebração ao terreno, ao meramente natural ao humanismo antropocêntrico, nela toda percepção de eternidade está obstruída pelo limite do palpável.

O cristão que não pensa na volta de Cristo e que não tem nenhuma expectativa quanto ao mundo vindouro, não tem mensagem e não tem missão.